E quando quero ver aquele amor meu
Eu pego no burrito e lá vou eu....
Burrito, ai, ai burrito: coitadinho, pois este está muito mal cuidado.
Fotos tirada algures na Beira Alta.
E quando quero ver aquele amor meu
Eu pego no burrito e lá vou eu....
Burrito, ai, ai burrito: coitadinho, pois este está muito mal cuidado.
Fotos tirada algures na Beira Alta.
Para gerar outra vida, a concha recebe a areia, que incomoda, e fere, e magoa, mas que, por defesa e ânsia de criação, a ostra envolve com camadas e camadas de Nácar puro...
(Como proteção, envolve o mínimo grão com sua melhor produção...)
E este, ínfimo grão mutante, de mais um entre milhares torna-se único.
Aquele que, burilado pelo tempo e pelo esforço, pelo contínuo trabalho,
pelo doar-se constante de sua agora origem, torna-se pérola...
Que se mostra, e vive, e brilha, apenas e tão somente quando a concha se abre...
Ouse, nesta vida, ser concha!
Permita-se, nesta vida, ser pérola!
Quando alguém te magoar ou te ferir, revista-se da mais preciosa jóia de Deus: cubra-se de amor e ternura.
Se seguirmos o exemplo da concha, o ódio não terá
mais o amor se estenderá e será o revestimento mais belo e precioso que
será dado em troca de toda areia da vida que venha nos ferir.
Autor Desconhecido
Aqui vou falar de uma encantadora cidade, onde tenho raízes familiares, do lado materno, que é a cidade de Lagos, a mais ocidental do barlavento algarvio - muito ligada aos Descobrimentos Portugueses, á Navegação Marítima, Pesca e Turismo. Uma cidade da qual sinto remorsos de não conhecer a 100%, pois vou lá quase sempre de passagem (os meus primos, que ainda lá vivem que me perdoem...), no entanto o que conheço dela, desperta em mim um encanto tremendo. Tem uma
Aliás tanto em
Toda a zona histórica está bem preservada. As muralhas tiveram nesta luta contra avalancha do turismo a sua última batalha e a sua melhor vitória. Os responsáveis pela organização da cidade situaram os núcleos modernos extramuros e impuseram uma proporção que não destoa da escala humana da cidade antiga. Mas não se tratou de uma fronteira: do lado de fora tudo permitido;do de dentro tudo proibido. Nada disso; foi antes uma charneira introduzida com inteligência e respeito pelos valores já existentes.
Venho-vos falar de um episódio bastante importante no entanto pouco conhecido, da história de
Esse episódio retrata a história dos "Doze Melhores de Alter", que até foi recriado para uma peça teatral, pelo "Grupo Alterense de Cultura", aquando da reabertura do Castelo de Alter do Chão no dia 04 de Julho de 2008, que contou com a visita do Presidente da República Dr. Cavaco Silva e outras personalidades ilustres do concelho de Alter e do distrito de Portalegre.
Trata-se da luta pela defesa das liberdades autárquicas e do valor dos homens-bons dos municípios.
(...) D. Afonso III (séc. XIII), após a reconquista cristã, concedeu um foral a esta povoação para animar os homens livres que fugiam das exigências e vexames das terras do Norte a fixarem-se ali, com estatuto de senhorio colectivo. O filho D. Dinis, concedeu novo foral, no qual dava aos moradores as garantias dos homens de Santarém.
Entre outros direitos, os moradores de Alter tinham o de não ser vexados com a odiosa pousadoria. Só o rei e o seu séquito podiam, quando viajavam, instalar-se dentro da
A história na sua simplicidade brutal é esta. Um fidalgo de velha linhagem, Martim Esteves de Moles, ia de viagem e quis apousentar-se na
Os melhores significa os de mais alta condição. Eram os lavradores mais antigos, os responsáveis pela administração municipal, e que ele podia com razão presumir serem os mesmos que se tinham oposto à sua entrada na povoação.(...)
O Profº. José Hermano Saraiva, citou uma vez numa palestra na televisão o seguinte: "Os nossos municípios mostram-se tão interessados na história local, por vezes tão empenhados na descoberta de figuras cujos nomes mereçam ser lembrados, que mal compreendo que esta extraordinária página de violência e de coragem na defesa das liberdades autárquicas tenha ficado tão completamente esquecida."
Passou o tempo, mas nada se fez. É mais fácil encontar em
Bibliografia: "O Tempo e a
Foto-Montagem de RG
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Morei numa casa velha,
À qual quis
Feita para eu Morar nela...
Cheia dos maus e bons cheiros
Das casas que têm história,
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória
De antigas gentes e traças,
Cheia de sol nas vidraças
E de escuro nos recantos,
Cheia de medo e sossego,
De silêncios e de espantos,
- Quis-lhe bem
Tão feita ao gosto de outrora
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De montes e de oliveiras
Ao vento suão queimada
( Lá vem o vento suão!,
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão...)
Em Portalegre, dizia,
Cidade onde então sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem fôr,
Na tal casa tosca e bela
À qual quis
Feita para eu morar nela,
Tinha, então,
Por única diversão,
Uma pequena varanda
Diante de uma janela...
Excerto de "A Toada de Portalegre" que é um poema de José Régio, dedicado à cidade que o acolheu durante mais de 30 anos. José Régio, poeta nascido na cidade de
Ilustração de RG